De certa forma o adiamento da data do primeiro julgamento foi bom, porque até hoje eu não superei esta tragédia e não me sinto preparada o suficiente para a ocasião. Talvez eu nunca mais esteja bem e preparada o suficiente, mas é claro que estarei presente no momento, seja a data que for e espero que não demore muito. Entendo que para contribuir melhor no julgamento eu preciso estar muito serena. Desejo do fundo do meu coração que até lá eu esteja melhor e que acabe essa sensação de estar vivendo num pesadelo, o pior pesadelo, aquele em que um filho é assassinado.
Esse crime é a minha maior dor e perplexidade. Nunca senti tamanha dor de perda, tanta saudade e tão grande indignação com a falta de empenho imediato da polícia em investigar um assassinato. Quando três dias após o crime eu me dirigi até a delegacia de homicídios para saber se já haviam investigado o crime, fiquei sabendo que nem haviam começado nada. Que tem criminosos no mundo isso eu sei, é só observar o cotidiano, porém, que um assassinato esteja tão banalizado pelos nossos governantes foi uma constatação chocante. Eu acredito que a sociedade desconhece os dados da impunidade, pois nos meios de comunicação sempre aparece a notícia da quantidade de assassinatos, que está em torno de 60 mil/ano no Brasil, porém não há divulgação de que mais de 90% desses assassinatos sequer foi investigado. Ou seja, existem milhares de assassinos livres e impunes, vivendo como se nada tivessem feito, como se fossem pessoas boas. Matam por inveja, por despeito, por ganância, por ignorância ou por qualquer outro motivo. E fazem de conta que não fizeram nada e torcem para nunca serem desmascarados.
Eu entendo que um assassinato, seja de quem for, deve ser apurado de imediato, com todas as forças da Polícia Militar e Civil. Mas não foi isso que eu ví. Sem dúvida as polícias carecem de recursos, tanto de pessoas como de materiais. Somente quando o assassinato for tratado como crime grave pelo Poder Público, aí sim poderemos sonhar com uma sociedade mais segura e justa. Pois é muita injustiça que uma vítima perca a sua vida e os assassinos fiquem livres e impunes. A impunidade é o fim do mundo.
Esse crime é a minha maior dor e perplexidade. Nunca senti tamanha dor de perda, tanta saudade e tão grande indignação com a falta de empenho imediato da polícia em investigar um assassinato. Quando três dias após o crime eu me dirigi até a delegacia de homicídios para saber se já haviam investigado o crime, fiquei sabendo que nem haviam começado nada. Que tem criminosos no mundo isso eu sei, é só observar o cotidiano, porém, que um assassinato esteja tão banalizado pelos nossos governantes foi uma constatação chocante. Eu acredito que a sociedade desconhece os dados da impunidade, pois nos meios de comunicação sempre aparece a notícia da quantidade de assassinatos, que está em torno de 60 mil/ano no Brasil, porém não há divulgação de que mais de 90% desses assassinatos sequer foi investigado. Ou seja, existem milhares de assassinos livres e impunes, vivendo como se nada tivessem feito, como se fossem pessoas boas. Matam por inveja, por despeito, por ganância, por ignorância ou por qualquer outro motivo. E fazem de conta que não fizeram nada e torcem para nunca serem desmascarados.
Eu entendo que um assassinato, seja de quem for, deve ser apurado de imediato, com todas as forças da Polícia Militar e Civil. Mas não foi isso que eu ví. Sem dúvida as polícias carecem de recursos, tanto de pessoas como de materiais. Somente quando o assassinato for tratado como crime grave pelo Poder Público, aí sim poderemos sonhar com uma sociedade mais segura e justa. Pois é muita injustiça que uma vítima perca a sua vida e os assassinos fiquem livres e impunes. A impunidade é o fim do mundo.
Matheus - 6 anos - ano 2000
Nenhum comentário:
Postar um comentário